quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Amem, mas vejam o que amam.

Conforme Santo Agostinho, o homem há de estar necessariamente amando, mas deve ter consigo a ordenação do amor. 

O amor não pode ter férias. Que outra coisa senão o amor age e todo homem, inclusive no mau? Mostrai-me um amor em férias e que não faça nada. Maldades, adultérios, crimes, homicídios, luxúria, acaso não os faz o amor? Purifique, pois, seu amor. A água que vai para o esgoto, purifique-a e leve-a à horta. Os mesmos ímpetos que tinha para o mundo tenha-os para o Artífice do mundo. Por acaso poder-se-ia dizer que  alguém  não ame nada? De modo algum. Preguiçosos, mortos detestáveis, miseráveis seriam os homens se não amassem. Amem, mas vejam o que amam (A Cidade de Deus, 15,22).

O amor, desordenado, chama-se apetite sensual, ambição; o amor reto, caridade. (Comentários aos Salmos 9, 15)

Cada um é aquilo que ama. Ama a terra? Terra é. Ama a Deus? O que direi? É divino. (Sobre as cartas de São João, 2. 1,4)

De tal maneira se compenetram o amante e o amado que tornam-se uma mesma coisa, e as qualidades do amado passam para o amante e vice-versa, dando-lhes a mesma cor, o próprio ser.

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