" The Anticipation of the Coming of Christ by St. John of Cross" Nicolo Lorenese 1686 |
Que sei bem eu a fonte que maná e corre
mesmo de noite. Aquela eterna fonte está escondida,
mas eu bem sei onde tem sua guarida,
mesmo de noite.
mas eu bem sei onde tem sua guarida,
mesmo de noite.
Sua origem não a sei, pois não a tem,
mas sei que toda a origem dela vem,
mesmo de noite.
mas sei que toda a origem dela vem,
mesmo de noite.
Sei que não pode haver coisa tão bela,
e que os céus e a terra bebem dela,
mesmo de noite.
e que os céus e a terra bebem dela,
mesmo de noite.
Eu sei que nela o fundo não se pode achar,
e que ninguém pode nela a vau passar,
mesmo de noite.
e que ninguém pode nela a vau passar,
mesmo de noite.
Sua claridade nunca é obscurecida,
e sei que toda luz dela é nascida,
mesmo de noite.
e sei que toda luz dela é nascida,
mesmo de noite.
Sei que tão cautelosas são suas correntes,
que céus e infernos regam, e as gentes,
mesmo de noite.
que céus e infernos regam, e as gentes,
mesmo de noite.
A corrente que desta vem
é forte e poderosa, eu o sei bem,
mesmo de noite.
é forte e poderosa, eu o sei bem,
mesmo de noite.
A corrente que destas duas procede,
sei que nenhuma delas procede,
mesmo de noite.
sei que nenhuma delas procede,
mesmo de noite.
Aquela eterna fonte está escondida,
neste pão vivo para dar-nos vida,
mesmo de noite.
neste pão vivo para dar-nos vida,
mesmo de noite.
De lá está chamando as criaturas,
que nela se saciam às escuras,
porque é de noite.
que nela se saciam às escuras,
porque é de noite.
Aquela viva fonte que desejo,
neste pão de vida já a vejo,
mesmo de noite.
neste pão de vida já a vejo,
mesmo de noite.
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